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“Duas e dezoito da tarde, faltam poucos minutos para o meu voo.
Finalmente encontrei meu acento e mal posso esperar para me acomodar. Ufa, que
bom que é na janela. Opa! Olá, desconhecido.
Você estava de cabeça baixa, lendo algo que eu não dei muita
importância em saber o quê. Quando você olhou para cima, reparei nos belos
olhos que você tinha. Não eram verdes, daqueles que te fazem babar; nem azuis,
daqueles que a gente sente vontade de mergulhar. Eram simples e doces olhos
pretos, daqueles chorosos.
Você sorriu, me deu espaço para chegar à minha poltrona, ao me
sentar, dirigiu-me um “oi” em tom baixo, para não parecer mal educado. Eu respondi.
Você voltou para sua leitura e eu puxei o notebook para assistir mais uns dois
episódios de GOT que estavam atrasados. Você reparou, deu aquela olhadela para
o lado que as pessoas costumam dar no ônibus para conferir o que a outra está
fazendo no celular. Mas eu percebi. Você ficou desconcertado e me pediu
desculpas. Eu disse que tudo bem, perguntei se você gostava e engatamos uma
conversa sobre GOT e outras séries, passa-tempos, rotina, minha vida que
parecia filme e coisas aleatórias.
Uma hora e meia depois, o vôo tinha escala e ainda nem chegamos a
decolar. Nesse instante fomos avisados de que havia um problema com o tempo e
algo no motor, que só partiríamos depois de algumas horas, que poderíamos
esperar na sala de embarque – por pelo menos umas oito horas –, ou aguardar os vôos que
sairiam no dia seguinte com os destinos do nosso avião. A essa altura
nem pensar em ter que voltar para casa e perder a oportunidade de continuar a
conversa que estava ficando cada vez melhor. Dava pra perceber que você tava
gostando. Mas tanto tempo no aeroporto, ninguém quis encarar.
Fomos para o hotel do lado, quartos 31 e 32.
***
Saí do banho, passei na geladeira e catei uns morangos, ouvi
alguém bater, era você. Abri a porta com meu pijama, blusa cinza de ursinho de
dormir e short rosa de algodão, você me fitou por uns dois segundos e me
atacou. Varou porta à dentro, me agarrou com um braço pela cintura, fechou a
porta com a outra mão e foi me beijando até chegarmos à cama. Você ficou louco
com meu cheiro de banho tomado, minha pele recém banhada por hidratante e pelo
meu corpo que dizia sim.
Você tirou a camisa, voltou beijando-me as coxas, a barriga, por
entre os seios, enquanto fazia isso, aos poucos despia-me não só de roupas, mas
também de pudor. Levamos a coisa adiante, aproveitamos cada minuto das poucas
horas que tínhamos. Esperar um vôo atrasado nunca foi tão bom.
Acordei com o teu cheiro no travesseiro e um bilhete que dizia
“foi real”.
***
Caminhei pela sala de embarque, não te encontrei. Meu vôo foi
chamado e nada de você. Me acomodei ao lado se uma senhora gentil e me dei
conta de que você partiu no vôo anterior.”
Foto: google |
Muito bom ! Parabéns, instigante e excitante
ResponderExcluirComo assimmm? Preciso de um final feliz pra essa história :O
ResponderExcluirwww.faltouacucar.com
ai que lindo *-* quando você conhece alguém acontece bem isso mesmo haha ! você fica "procurando" a pessoa , na esperança dela estar novamente aonde você está por coincidência ^^
ResponderExcluirhttp://www.nataliloure.com.br/
Nayandra você pode fazer o favor de continuar essa história PELO AMOR DE DEUS? hauauhuahau
ResponderExcluirEu quero ler muito mais. Você tem um dom maravilhoso. Ai meu deus, onde tem mais? Miga, sério! hahahaha <3
Aff, aff! Odeio quando as histórias não tem final feliz! Muito bom, eu adorei. Sua escrita é leve e envolvente <3
ResponderExcluirTe indiquei para uma TAG no blog, beijos
AHIUAHAHIAHAH fico muito feliz que vocês tenham gostado.
ResponderExcluirConfesso que fiquei insegura com esse texto por justamente não ter o final feliz que todos esperam, mas gostei muito da reação de vocês e fato de terem curtido mesmo assim.
Essa história provavelmente não vai ter continuação, mas outras melhores virão.
Beijos à todas. Obrigada pela visita e Bárbara, valeu por ter me indicado na TAG, pode deixar que eu vou responder ♥