rascunhos sobre amor

19/03/2024


Foto: Pinterest
 

Agora a nova forma de relacionamento é interação online e novo status de relacionamento é “conversante”. Desculpa, mas não ficou pra mim. Eu te agradeço o engajamento, mas eu faço o que com esses coraçõeszinhos que você solta nos meus stories? Isso pra mim não é flerte, não é demonstração de interesse, não vai ficar nada minha mente. Eu sou muito mais uma única pessoa de carne e osso perto de mim, do que dez notificações diferentes. Eu não sei viver uma paixão subjetiva. 

Onde foi que a gente se perdeu? Quando foi que a gente desaprendeu a namorar? Tá a gente conversa, conversa e quando é que a gente beija? Ou a gente mal conversa e você já quer vir pra minha casa. Incrível como, ou a gente vai direto pra linha de chegada ou nem sai do lugar. Mas também depende de onde é a sua linha de chegada. 

Acho que todo mundo tomou pra si o sexo como objetivo e buscam uma conexão que elas mesmas não se propõem. Como você vai se conectar com alguém que você não sabe nada sobre? Se você não se permite conhecer? Como alguém vai se conectar com você, se você não se deixa conhecer, se você cede à pressa do outro? 

Nós mesmos estamos fazendo nossos dias acabarem mais rápido, o tempo parece durar menos, as nossas relações tão rasas e igualmente sufocantes, porque estamos carentes e nos apegamos ao mínimo. O mínimo também pode ser bom, se a gente tiver consciente de que podemos aproveitar aquilo e ir embora pra casa felizes depois. Nem sempre uma cama vazia significa um coração vazio, do mesmo jeito que nem sempre uma cama cheia significa um coração em paz. Não adianta você idealizar planos comigo e não realizar nem um deles. Pior ainda é dizer que não lembrava deles. Que querer é esse? Contigo eu aprendi a não dar importância a qualquer gesto. Antes eu esperava o mínimo, mas agora eu quero mais que isso, se você não for incrível, eu não vou querer. Porque nada paga o vazio que fica quando eu aceito menos do que eu mereço. Eu não me desperdiço mais.

Pequenas doses de reflexão e autoconhecimento

23/02/2024

                                             

O processo de autoconhecimento é realmente uma experiência fascinante. 

Há alguns meses eu decidi que mergulharia profundamente no meu próprio ser para conhecer,  compreender e amadurecer o que mudou em mim - porque eu sei que algo mudou. Existem tantas camadas e todo dia tem sido uma deliciosa - e às vezes assustadora - descoberta. 

É muito difícil não se sentir em concordância com você mesmo. Sentir que não está sendo fiel a quem você é. Isso geralmente acontece quando você está sendo muito influenciado por fatores externos. Você perde a sua autenticidade.

Quando eu percebi que me olhava no espelho e não me reconhecia mais, eu entendi que estava na hora de largar tudo e cuidar mais de mim, verdadeiramente. Toda mudança interna acompanha uma mudança externa. Porém, uma mudança externa também estimula bastante a sua busca interna pelo autoconhecimento. Porque se olhar e se ver te faz ter certeza de quem você é, de onde está e do que você leva ao mundo, isso te trás autoconfiança e esse sentimento é necessário, senão, um dos pilares que sustenta a sua autoestima. 

Para contextualizar o hoje, o que me estimulou a sentar e escrever, que era uma coisa que eu queria fazer há muito tempo e não estava conseguindo, foi um vídeo de uma youtuber chamada Letícia Dirks. Ela falava sobre o conceito de pessoas introvertidas e isso me puxou para uma reflexão que sempre foi meio conflituosa sobre mim mesma. "O que eu sou?".

Segundo Letícia, o extrovertido é aquele que se nutre com a energia de outras pessoas, que se sente alegre, a vontade e estimulado quando está ao lado de muitas pessoas. O introvertido, obviamente, é o contrário disso. Este se sente drenado e, por vezes, incomodado ao estar no lado de pessoas, até das mais próximas. Não que não gosta, mas prefere a solitude. Em outras palavras, tem a "bateria social baixa". 

Dentre tudo o que ela disse, uma coisa que me chamou muita atenção é quando ela explica qual a diferença entre uma pessoa tímida e uma pessoa introvertida. Realmente, isso é muito interessante, pois, uma pessoa extrovertida pode sim ser muito tímida. Porque eu já fui uma. E foi aí, em meio a toda essa reflexão que eu encontrei um ponto. 

Eu lembro que quando era criança eu era muito tímida. Via alguma outra criança que eu achava legal e simplesmente não tinha coragem de chamar ela pra brincar comigo. Eu achava que ela não ia querer ser minha amiga. Eu já tinha essa insegurança sobre não ser gostada. 

Depois de um tempo, eu deliberadamente decidi que não queria ser mais assim. Eu já estava entrando no ensino médio, início da minha adolescência, o que eu acreditava ser a época mais feliz da minha vida. Eu não queria perder nada. E eu realmente consegui, eu conhecia bastante gente, fiz muitos amigos. Sempre gostei de estar rodeada de pessoas, mas também sempre gostei muito de ficar sozinha sabe, tipo a Matilda. Ou então, com apenas uma outra pessoa, até em silencio. Enfim, eu gosto dos dois. O que me fez compreender e dar um final a este conflito interno sobre ser uma coisa ou outra. E não é bobagem, viu? Afinal, é um processo de autoconhecimento. Essas coisas precisam ser pensadas. 

Gosto de me comunicar, de ouvir e de falar bastante também, essa troca me energiza, me inspira, me faz sentir viva. Mas pra isso acontecer, antes eu preciso de bons tempos de qualidade comigo mesma pra poder colocar as ideias no lugar. Refletir sozinha é um dos momentos que mais valorizo no meu dia. É nele que eu levanto as minhas questões, encontro as minhas respostas, faço a limpeza mental pra não sair pensando e falando besteira por aí. É por esse momento de introspecção que a minha extroversão acontece, porque eu já me organizei. Tá tudo direitinho comigo? Tudo certinho por aqui? Então vamos para o mundo. É assim que funciona. 

Então posso dizer que sou os dois, porque dentro disso eu encontro conforto e nós, sim, precisamos passar a maior parte do tempo confortáveis na nossa própria pele e nos ambientes. Se eu estiver afim de socializar e me sentir a vontade, eu vou interagir. Mas se eu não estiver afim de contribuir com um determinado assunto, ficar mais quietinha não tem problema , é legal também. Falo isso, porque algumas pessoas estranham quando eu fico quieta e muitas vezes isso me fez estranhar também. Já me peguei simplesmente constrangida de ficar quieta em público, e o constrangimento é desconfortável e qualquer que seja o desconforto, é um assunto a se pensar

Acho que aqui temos uma resposta. 



p.s: minha mãe sempre estranha quando me vê quieta.


PRIMEIRO VÍDEO DO CANAL

22/02/2024

um vídeo curtinho só pra dizer "oi"! :)


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