Quem nunca ouviu uma música e
teve a sensação de voltar no tempo?
Eu estava ouvindo uma playlist
pop de 2009 e senti uma saudade, como eram boas as músicas que tocavam no meu
mp3 naquela época. Era como se essas músicas durassem mais, não me refiro à sua
própria reprodução, mas elas tocavam por mais tempo nas rádios, na TV, nas
playlists enfim. Não sei se só eu tenho essa impressão, mas hoje em dia é como
se a música ficasse repetitiva rápido demais.
Já vi várias pessoas falando que
as músicas de agora já não são tão boas como “antigamente”, que as músicas tinham
mais qualidade e coisas parecidas. No momento em que estava ouvindo minha
playlist de 2009 realmente estava pensando a mesma coisa, até que me veio o estalo:
era realmente a música, ou os momentos que eu vivi ao som delas é que eram melhores?
Já parou pra pensar em como é
mágico que uma canção consiga realmente marcar algum momento da nossa vida?
Seja ele bom ou ruim. Essa é a essência da arte. E fiquei pensando que não é a
pobre música, ou quem a compõe, talvez sejamos nós, a nossa vida, como a
vivemos. As músicas já não se tornam mais marcantes, porque o momento também já
não é. Não o consideramos marcantes, não o fazemos ser.
Quando ouço Halo, da Beyoncé ainda recordo com o coração cheio de amor as
férias incríveis que tive ao lado dos meus amigos em 2011. Talking to the moon, ainda me lembra quando eu gostava de um cara
que não gostava de mim no ensino médio. Rude
boy, da época que eu fui cheerleader
nos jogos da escola. E tantos outros momentos incríveis que eu já vivi que só
foram incríveis porque eu fazia questão de vivê-los da forma mais plena que eu
pudesse!
E talvez seja isso que esteja
faltando, criar histórias para as minhas músicas, mas não idealizar algo ao som
de alguma canção e sim realmente dar a chance aquela música de ter o seu
momento.
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