Eu sempre fui uma pessoa muito
positiva, eu não sei ao certo se eu fui ensinada a ser assim, ou se nasci assim
– tanto faz né? –, o que importa é que eu realmente sou, principalmente com as
minhas coisas. Mas nem sempre estamos assim, as pessoas, a idade, as obrigações
e responsabilidades cobram demais da gente à medida em que o tempo vai passando
e nós ficamos meio perdidos nesse movimento constante, pois ele infelizmente
não espera.
Nós quanto adultos temos o dever de saber
lidar com todas as desventuras impostas, temos de saber pegar carona nas
oportunidades que aparecem que vezes são realmente nossas, vezes sobram para
nós. E quando a gente não sabe como fazer isso e algo dá errado, a gente
reclama. Afinal, é o mínimo que podemos fazer, ou muitas vezes, a única
coisa que se resta a fazer (aparentemente).
Aconteceu comigo também. Eu não fui uma
pessoa que soube lidar com a mudança da adolescência pra vida adulta da melhor
forma possível, na verdade, ela me assustou bastante. Ser adulto não é tão bom
quanto parece – eu pensava. Daí então passei a ser negativa com muitas coisas
na minha vida. A faculdade que eu “não gostava”, os colegas de trabalho que se
indispuseram, o afastamento de algumas pessoas, não poder fazer o que eu
realmente gosto de fazer, tudo isso foi me ensinando a reclamar. Logo, o pão
que não tava quente, a sandália suja de terra, pouco leite no café, tudo que
não estava como eu gostaria que estivesse me fazia soltar uns resmungos
internos e sem perceber isso refletia fora de mim, na minha aparência
inclusive. Sorte minha não ter precisado que ninguém me dissesse que isso era
feio, eu mesma me dei conta quando em uma tarde resolvi retomar um dos meus
projetos parados de 2016¹.
Comecei a anotar todas as coisas felizes que
eu vivi esse ano que a minha mente recordava. Havia tanta coisa, eu nunca
imaginei! Percebi que eu não deveria estar triste como me sentia, pois tinha
mais motivos para estar feliz do que para reclamar, de fato. Vi o quanto eu
estava encarando as coisas de forma negativa e que isso estava me impedindo de
ver as coisas boas escondidas por detrás.
Isso é o que acontece com a gente quando
somos negativos e deixamos de lado a possibilidade de encontrar uma coisa boa
no meio de cada coisa na nossa vida. E me toquei sobre que mania chata gente
tem de reclamar de tudo! Qualquer coisa hoje em dia tem sido motivo para
resmungar sobre nós mesmos, sobre as pessoas, sobre o mundo, sobre a vida.
Deixemos isso para traz, que possamos criar
a mania de ser mais felizes, que a gente se acostume com a felicidade e que
nunca estranhe quando as coisas não darem tão certo como a gente espera, as
vezes algo não sai como nós queremos porque Deus sabe como fazer melhor.
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¹Nesse ano me comprometi a fazer alguns projetos que eu considerei além de divertidos, uma forma de me ajudar a crescer ainda mais em coisas que eu gosto de fazer. Um deles se trata da minha vida pessoal, o Memory Jar. Nele eu escreveria todas as coisas que me fariam felizes durante o ano (coisas grandes e pequenas), para que no final do prazo eu lesse e pudesse visualizar quantas coisas legais aconteceram na minha vida. Acontece que eu não estava cumprindo com fidelidade, eu anotava uma vez ou outra e muitas alegrias minhas se perderam, pois eu as esqueci infelizmente.
Nossa que texto mais lindo, além de verdadeiro é super inspirador, sabe?
ResponderExcluirTava precisando de um pouco disso e ainda bem que encontrei, tentarei fazer esse projeto do Memory Jar pra 2017 que vai ser um ano super puxado, vou precisar mesmo estar sempre lembrando de que sou feliz sim!
Beijão
http://querosermiranda.blogspot.com.br