Das muitas cartas que eu ainda vou te escrever

21/01/2017


Foto: josieengland.com

 “Eu tenho pensado sobre seus sentimentos. Sei que estamos indo bem e que estamos nos esforçando, mas ao mesmo tempo vejo em você uma insegurança disfarçada. Vez sai em suas palavras, nas frases instáveis que você solta quando pensa alto. Eu queria que você soubesse que tudo isso é momentâneo e que eu relevo, porque eu não quero me importar com coisas pequenas em relação a nós, pois descobri que nós somos grandes, juntos, maiores ainda.

Às vezes eu também me sinto assim. Também sinto medo de perder tudo, de uma forma que faz o meu corpo se sentir frágil. Como ontem, quando eu me arrumei pra você e a gente não se encontrou depois de uma breve divergência de opiniões. Usei uma saia nova que eu queria muito que tivesse visto, a cidade inteira viu, menos você. Ontem eu queria que estivesse comigo pra devanear entre aquelas conversas filosóficas de boteco que a gente tem em qualquer lugar.

Pensei a noite inteira na gente, em você, a ponto de sonhar. Sinto medo de gostarmos em demasiado e não sabermos lidar. Sinto medo de nossas preocupações em relação a isso nos atrapalharem no desempenho de nossos papeis. Eu nunca senti medo de amar, tampouco de não ser amada de volta, porque eu nunca me entreguei primeiro. Preocupei, mas algo me fez lembrar que é momentâneo e eu mais do que nunca percebi que talvez essa seja a hora. A hora de amar sem me preocupar em primeiro ter, de plantar e esperar os bons frutos futuros porque o senhor tempo, dono do que é real, vai se encarregar de te fazer acreditar que eu te amo, todos os dias um pouquinho mais.”

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