Foto: josieengland.com |
“Eu tenho pensado sobre seus
sentimentos. Sei que estamos indo bem e que estamos nos esforçando, mas ao
mesmo tempo vejo em você uma insegurança disfarçada. Vez sai em suas palavras, nas
frases instáveis que você solta quando pensa alto. Eu queria que você soubesse
que tudo isso é momentâneo e que eu relevo, porque eu não quero me importar com
coisas pequenas em relação a nós, pois descobri que nós somos grandes, juntos,
maiores ainda.
Às vezes eu também me sinto
assim. Também sinto medo de perder tudo, de uma forma que faz o meu corpo se
sentir frágil. Como ontem, quando eu me arrumei pra você e a gente não se encontrou
depois de uma breve divergência de opiniões. Usei uma saia nova que eu queria
muito que tivesse visto, a cidade inteira viu, menos você. Ontem eu queria que
estivesse comigo pra devanear entre aquelas conversas filosóficas de boteco que
a gente tem em qualquer lugar.
Pensei a noite inteira na
gente, em você, a ponto de sonhar. Sinto medo de gostarmos em demasiado e não
sabermos lidar. Sinto medo de nossas preocupações em relação a isso nos atrapalharem
no desempenho de nossos papeis. Eu nunca senti medo de amar, tampouco de não ser
amada de volta, porque eu nunca me entreguei primeiro. Preocupei, mas algo me
fez lembrar que é momentâneo e eu mais do que nunca percebi que talvez essa
seja a hora. A hora de amar sem me preocupar em primeiro ter, de plantar e
esperar os bons frutos futuros porque o senhor tempo, dono do que é real, vai
se encarregar de te fazer acreditar que eu te amo, todos os dias um pouquinho
mais.”
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