Ninguém morre de amor

10/04/2024



Desde muito cedo eu aprendi o que é amor, mas ninguém nunca me ensinou a lidar com o desamor. Essa era uma coisa que eu já deveria saber. Eu deveria ter aprendido a  me defender de homens que deixavam claro que não me querem por pe
rto. 

Só que eu achava que amar era persistir, era transformar, tudo espera, tudo suporta... aquela coisa, sabe? Depois eu entendi que amor é pra quem tem. 

Eu insisti com você inúmeras vezes acreditando que em algum momento você perceberia que eu estava do seu lado, e o que eu mais queria era, de fato, estar. Até o momento em que eu percebi que você não era fechado ou tímido, você só não sentia. 

Quando eu finalmente entendi que você não sentia nada por mim - nada mesmo! Doeu pra caramba. Encarar que eu não te tive e não teria parecia uma conta que não fechava. Como 1 + 1 pode dar zero?

Eu bati cabeça por um tempo, aí eu percebi que eu não havia perdido nada. A gente não perde aquilo que nunca teve. Foi nessa que eu aprendi que perda é questão de escolha.

Como eu poderia perder algo, se eu só entreguei coisa boa? 
Sua ausência já não me assombra mais. Uma vida sem você não me assusta. Quando eu penso na sua partida já não sobra nem um espaço vazio, porque eu sou toda feita de mim. Eu sou uma pessoa todinha minha. Eu não passo de novo. Agora eu consigo identificar um cara como você a quilômetros de distância e gente assim não se aproxima de mim nunca mais. Não, eu não fiquei desiludida, eu tô bem sozinha e só vou me envolver novamente com alguém que faça todas as músicas boas sobre o amor fazerem sentido.

Uma certeza eu tenho, eu te amei. Eu te amei de verdade e se tem uma coisa que eu sei, é amar. Então, levando em consideração todo esse enredo, se alguém tinha algo a perder nisso tudo, essa pessoa não sou eu. 



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