Eu já havia escutado histórias
sobre Joanes inúmeras vezes, mas sobre mim mesma não sabia o que esperar. A
viagem de barco foi um tanto quanto desgastante, a sonolência veio quando de
dentro do ônibus refrigerado eu vi a chuva cair, e passou instantaneamente no
momento em que eu pus meus pés para fora dele. Foi nesse instante em que eu
senti que minhas férias, de fato, haviam começado.
Na mesma noite fomos à praia e
sem conseguir enxergar nada andamos em direção à agua, com os pés na areia
molhada senti como se o mundo todo fosse aquilo ali. Corri, o vento frio, o
breu da noite roubando de mim a paisagem. Fechei os olhos e senti, senti o
infinito no peito demonstrando para mim que o mundo não é grande demais e que
nossos sonhos são possíveis. Eu olhei pro céu e só consegui agradecer.
Jogamos cartas boa parte da
noite, quem visse de fora diria que éramos parte da família e a viagem tava só
começando.
No
dia seguinte fomos à praia, ela não fica muito distante da casa da vovó. Após a
descida de pedrinhas vermelhas pisei descalça na areia branca. Deixamos nossas
roupas no barco de um pescador que estava lá. Eu senti a água me chamando, não
parei pra tirar uma foto se quer, saí correndo, mas entrei devagar e quando
senti que estava na profundidade certa, eu mergulhei.
Desde criança a sensação
que eu tenho quando mergulho é a de estar flutuando, por isso sempre gostei de
pular em lugares fundos, quando voltei a superfície me dei conta de quanto
tempo fazia que eu não mergulhava assim, questionei o motivo de me recusar ir a
praia por meses a fio.
No fim da tarde de sábado fomos
até o farol, lá tiramos fotos e ficamos juntos.
No
outro dia metade da galera ia embora, resolvemos ir a praia todos juntos, a
gente salgou até meio-dia, na volta tiramos uma foto em família e então eles
partiram depois do almoço.
João, melhor pessoa |
Quanta meiguisse |
Resolvi
tirar algumas fotografias para guardar de recordação, acervo pessoal.
Aproveitei então a casa vazia para isso. Nós ajudamos a vovó a arrumar tudo
neste dia e resolvemos que iríamos acordar mais cedo para ver o sol nascer.
A
alvorada em Joanes é muito bonita. Ela começa com um rasgo alaranjado dividindo
o azul royal do céu com a água da praia. Carol conseguiu filmar o nascer do sol
e comprimir o vídeo acelerando ele igual nos programas sobre natureza que
passam na TV. Neste momento éramos nós quatro, a praia e cobertores, ficamos
por umas duas horas. Vó Jailma e o Vô Tadeu nos encontraram.
Eles
caminham e se alongam na praia todas as manhãs. Estilo de vida no qual desejo ter
um dia.
Após o café da manhã fomos a
praia nos despedir. Carol e eu fomos passear, pois eu ainda não conhecia a
praia toda. Lalo e Lucas vinham um pouco mais atrás. Há algumas poucas dunas na
praia de Joanes, encontramos um laguinho onde haviam vários peixinhos, então
resolvemos entrar lá e perseguir alguns. Foi divertido. Andamos mais, fomos até
as pedras sem entrar na água por causa das arraias, na volta encontramos caranguejos
nas poças d’água. A água estava subindo, fomos mergulhar e nos despedir daquela
praia incrível que deu vida a alguns de nossos momentos.
Eu planejei muitas coisas
para estas férias, todas elas aconteceram nessa viagem com uma intensidade na
qual superou as minhas expectativas. A simplicidade de Joanes me envolveu e
trouxe de volta a serenidade que havia se esvaído do meu coração. Meu corpo se
tornou morada de paz novamente, senti. Mergulhei, disse que te amava, Joanes e
voltei apaixonada por você.
Que lugar mais lindo, adorei as fotos!
ResponderExcluirBeijos
BlogCarolNM
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Nossa que lugar lindooo e que fotógrafa ein, fotos lindas
ResponderExcluirAmei, beijão
querosermiranda.blogspot.com.br