É difícil fazer as malas e se
mudar sem querer, se mudar porque é preciso e não porque planejou.
Imagine
a casa que você cresceu, onde tudo é familiar e aconchegante. Imagine alguém
que te visita, que se senta a mesa... Depois de muitos anos, ver que tudo isso está
se esvaindo é um susto bem grande. É como se muito do que você conhecia já não
estará mais ali e você terá que criar uma outra vida longe daquilo que você
gostava tanto.
Fechamentos de ciclos consistem
em dar adeus ao que deve ficar para trás. Muitas vezes eu escolhi ficar. Até
quando não deveria, escolhi ficar. Acreditava que algumas relações deveriam ser
preservadas por toda a vida, porque aquelas eram como suas raízes e eu sempre
olhava as minhas com amor. Mas se você parar pra pensar, raízes te prendem ao
chão e, às vezes, a terra já não é mais saudável.
Claro que estas são metáforas –
no meu caso, as duas falam de pessoas.
Às vezes, temos o péssimo
hábito de esquecer que as coisas são efêmeras, que não significa que não foi
verdadeiro, mas elas têm prazo de validade. Eu sei, a gente se apega bastante
ao que consideramos nosso, mas se ater ao
passado te impede de viver o presente e de mudar o seu futuro.
Muitas coisas irão agora ficar
guardadas na minha memória como “uma boa
amizade que tive, um amor que vivi, bons momentos que compartilhei”, foram
incontáveis estações. Mas o tempo passa, a
vida adulta chega e o preço dela é a sua dedicação, ela só anda se você se
movimentar. Então, já não temos mais tempo para perder lidando com certas
situações.
Quando não abrimos mão do
outro, forçando mantê-lo em nossa vida, deixamos uma coisa muito importante
para trás, nós mesmos. Então, não espere uma situação ficar insustentável para
que você siga em frente. Nós sempre sabemos quando algo chegou ao fim, seja morar
com seus pais, seja um relacionamento ou uma amizade.
Para pessoas e plantas: sempre haverá
outros verões.
Tudo perfeito, parece que cada palavra se encaixa certinho no meu coração, tu é perfeita
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